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A mostrar mensagens de março, 2020

Filosofia Portuguesa: pensamento aberto à pluralidade

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Entrevista a Pedro Calafate: clique neste link Por ocasião da publicação da monumental obra intitulada "História do pensamento filosófico português", a jornalista Raquel Santos entrevistou Pedro Calafate [PC], Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e Coordenador da referida obra. Do interessante diálogo, retemos alguns pontos que nos parecem bastante significativos, seguindo de muito perto a explanação de PC. Desde logo, a questão da existência, ou não, de um pensamento, ou mais propriamente, de uma filosofia “portuguesa”, própria e específica, enquanto tal. Trata-se de um problema persistente ao longo do tempo, mas avivado, sobretudo, no séc. XX, e de cuja abordagem não se pode cindir o modelo de filosofia que se instalou na mente coletiva, a saber, um modelo de reflexão sistemática e sistematizadora, argumentativa, ordenada segundo uma disciplina lógica, rigorosa hierarquizada, que lhe garante a unificação, e de que as tradições germâni...

Uma Viagem ao Pensamento Filosófico Português

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Página de "Filosofia Portuguesa" , organizada por Pedro Calafate [PC] (que dirigiu também a extraordinária publicação História do Pensamento Filosófico Português , Lisboa: ed. Caminho, 1999 e ss. ) , que pretende, sinteticamente, «fornecer um conjunto de informações básicas sobre o panorama da cultura filosófica portuguesa», no dizer do próprio. Aí apresenta o elenco de autores e temas e respetiva bibliografia, remando contra o tão frequente "não sei nem conheço", ou até mais radical "não há nem existe", quando de filosofia portuguesa se trata, «dando lugar a um colonialismo interno de efeito pernicioso». Logo na Introdução, PC orienta, de modo cristalino, o leitor para a legitimação do modo português de filosofar, no qual não predomina, certamente, a expressão sistemática da reflexão, mas que nem por isso deixa de revelar plena coerência, profundidade e transcendentalidade das suas orientações. Por isto mesmo, será uma filosofia mais dispersa por ...

Confissões de mulheres apaixonadas... pela Filosofia!

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Mulheres e Filosofia [clique no link] Interessantes testemunhos sobre o modo e o porquê do entusiasmo destas jovens mulheres pela Filosofia.  "O pensar sobre o pensamento" fascinou a  Isabel . Juntamente com a descoberta da Filosofia como esse lugar de liberdade, onde se refez das ditaduras que tanto a condicionaram. A  Susana  já lia Nietzsche desde os doze anos! A  Luciana  virou para a química, mas não pôde prescindir de questionar a natureza do átomo, da molécula... e aí entendeu que precisava de uma âncora que lhe respondesse a "algo mais" que a sua ciência, só por si, não lhe dava. A  Juliana , já pressentia, como criança, juntamente com a sua beleza, a sua intrigante "diferença" no perguntar; era o insistente "porquê" que não mais a abandonaria. A  Ana Cristina,  também, desde muito jovem, representava o mundo e a sociedade como um grande palco, tudo encenado…  Tanta orquestração só a poderia atrair para a inevi...