quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Velhice. Que fazer?

Para todos ela se faz cada vez mais próxima. Quase sem nos apercebermos, toma-nos a mão, e depois a outra, e brinda-nos com os desafios, as incógnitas, os medos, as esperanças que pressentimos como questões definitivas… Sim, trata-se da velhice, desse tempo “incómodo” que a nossa cultura ambiente prefere colocar no sótão dos valores neutros, aparentemente “dispensáveis”.
“A velhice, uma idade política”, é o título de um breve ensaio publicado por Franck Damour na revista Études. Revue de Culture Contemporaine (avril, 2016*) – uma das minhas revistas preferidas. Neste texto, o autor analisa a ideia de um processo de “Envelhecimento sem ser velho”. Fórmula certamente atraente, «mas que não enfrenta diretamente a contradição». No resumo, pergunta-se «como sair deste impasse? Como fazer da velhice um tempo de vida e não uma doença da vida? Como fazer da velhice um tempo político e não um naufrágio solitário?» (p. 39).
A ler e a meditar.
* Publicação disponível na Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UCP – Braga.