Para todos ela se faz
cada vez mais próxima. Quase sem nos apercebermos, toma-nos a mão, e depois a
outra, e brinda-nos com os desafios, as incógnitas, os medos, as esperanças que
pressentimos como questões definitivas… Sim, trata-se da velhice, desse tempo “incómodo” que a nossa cultura ambiente
prefere colocar no sótão dos valores neutros, aparentemente “dispensáveis”.
“A velhice, uma idade
política”, é o título de um breve ensaio publicado por Franck Damour na revista
Études. Revue de Culture Contemporaine (avril, 2016*) – uma das minhas
revistas preferidas. Neste texto, o autor analisa a ideia de um processo de “Envelhecimento
sem ser velho”. Fórmula certamente atraente, «mas que não enfrenta diretamente
a contradição». No resumo, pergunta-se «como sair deste impasse? Como fazer da
velhice um tempo de vida e não uma doença da vida? Como fazer da velhice um
tempo político e não um naufrágio solitário?» (p. 39).
A ler e a meditar.
*
Publicação disponível na Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências
Sociais da UCP – Braga.